Todo guri deve ter seu super-herói preferido. O meu, indiscutivelmente, é o homem-aranha. (Sim, o piá da foto é este que vos escreve. Mesmo no inverno, usava a fantasia por cima de milhões de roupas (acho que dá para notar) e realmente pensava que o fato de saltar do muro de casa e sair rolando no gramado do jardim evidenciava um super-poder!). Ganhei meu primeiro gibi em 86, tratava-se de um clássico, a primeira vez que as duas maiores editoras de quadrinhos apresentavam uma história em conjunto, o duelo entre o homem-aranha e o super-homem (claro que minha mãe comprou sem saber disso, mas enfim, isso é só um detalhe...). Sempre preferi os heróis da Marvel, pois eles operam em New York e não em cidades fictícias como Gotham City e Metropólis. Mesmo o universo dos super-heróis ser uma fantasia, são muitas as vezes que ele cruza com a vida real. Capitão América, Batman e o super-homem foram a segunda guerra mundial. O governo americano enviava gibis aos soldados que estavam no front. As histórias mostravam os heróis lutando contra Hitler & cia; era uma maneira de motivá-los.
Além disso, os comics sempre estiveram ligados ao contexto mundial da época. Heróis criados depois da segunda guerra (e do uso da bomba atômica) adquiriram seus poderes sendo expostos à radiação nuclear (caso do homem-aranha e do Hulk). Os X-men são uma releitura da questão racial americana. Enquanto Luther King acreditava numa convivência pacífica entre negros e brancos, Malcolm X pregava a separação das raças. Tratando-se dos mutantes, o professor Xavier se aproxima dos ideais de King, enquanto Magneto segue uma linha mais malcolmnista.
Em uma outra história, a Terra é desafiada para uma luta de boxe interplanetária. Para eleger o representante terráqueo, é protagonizado um confronto entre o super-homem e Muhammad Ali. A capa deste gibi é muito legal, pois mostra mais de uma centena de "personalidades" na plateia. A cultuada saga "entre a foice e o martelo" retrata uma realidade paralela em que, no auge da guerra fria, a nave que traz o super-homem aterrissa em solo soviético. Como consequencia, temos um super-homem comunista (porém bonzinho) e apenas os Estados Unidos insiste no capitalismo, ao passo que o socialismo opera no resto do mundo.
A relação mais recente (e marcante) entre os quadrinhos e a realidade diz respeito ao atentado de 11 de setembro. Uma história do homem-aranha mostra vários hérois ajudando policiais, bombeiros e médicos no resgate às vítimas do World Trade Center. Além disso, o primeiro filme do cabeça de teia para os cinemas seria lançado em 2002. Num dos trailers ele teava sua teia entre as duas torres. Após a atentado, as cenas que envolviam o WTC foram retiradas, mas como homenagem, pode-se encontrar imagens "escondidas" das torres ao longo do filme e no próprio poster.
E no ano passado, a Marvel lançou um gibi que mostra o encontro entre o Homem-aranha e o presidente Obama.
Enfim, eles podem usar a cueca por cima das calças, terem poderes que desafiam a ciência, e mesmo que vivam num universo paralelo, periodicamente existem intersecções com o nosso mundo.
Além disso, os comics sempre estiveram ligados ao contexto mundial da época. Heróis criados depois da segunda guerra (e do uso da bomba atômica) adquiriram seus poderes sendo expostos à radiação nuclear (caso do homem-aranha e do Hulk). Os X-men são uma releitura da questão racial americana. Enquanto Luther King acreditava numa convivência pacífica entre negros e brancos, Malcolm X pregava a separação das raças. Tratando-se dos mutantes, o professor Xavier se aproxima dos ideais de King, enquanto Magneto segue uma linha mais malcolmnista.
Em uma outra história, a Terra é desafiada para uma luta de boxe interplanetária. Para eleger o representante terráqueo, é protagonizado um confronto entre o super-homem e Muhammad Ali. A capa deste gibi é muito legal, pois mostra mais de uma centena de "personalidades" na plateia. A cultuada saga "entre a foice e o martelo" retrata uma realidade paralela em que, no auge da guerra fria, a nave que traz o super-homem aterrissa em solo soviético. Como consequencia, temos um super-homem comunista (porém bonzinho) e apenas os Estados Unidos insiste no capitalismo, ao passo que o socialismo opera no resto do mundo.
A relação mais recente (e marcante) entre os quadrinhos e a realidade diz respeito ao atentado de 11 de setembro. Uma história do homem-aranha mostra vários hérois ajudando policiais, bombeiros e médicos no resgate às vítimas do World Trade Center. Além disso, o primeiro filme do cabeça de teia para os cinemas seria lançado em 2002. Num dos trailers ele teava sua teia entre as duas torres. Após a atentado, as cenas que envolviam o WTC foram retiradas, mas como homenagem, pode-se encontrar imagens "escondidas" das torres ao longo do filme e no próprio poster.
E no ano passado, a Marvel lançou um gibi que mostra o encontro entre o Homem-aranha e o presidente Obama.
Enfim, eles podem usar a cueca por cima das calças, terem poderes que desafiam a ciência, e mesmo que vivam num universo paralelo, periodicamente existem intersecções com o nosso mundo.
Heróis vão à guerra (ou os verdadeiros já estavam lá?)
Batman, Pelé e os Jackson Five estão entre os espectadores
Entre a foice e o martelo: O companheiro Super-homem
A Edição do WTC: capa preta e um homem-aranha desolado
O Poster do filme. As torres são vistas na lente da máscara...
O Trailer....
Obama