É meio complicado pensar que até algumas décadas atrás a capital alemã era cortada por toneladas de concreto e ferro, uma vez que não se nota nenhum tipo de divisão entre o pessoal de lá. Pelo contrário, o povo vive em harmonia total, como se o muro nunca tivesse existido. Além disso, aquela imagem de hostilidade e frieza que eu imaginava dos alemães, não se concretizou nos dias que passei por lá... Porém, basta você caminhar um pouco pelas ruas, sem se preocupar em cumprir todos os pontos turísticos que seu guia de viagem indica que os resquícios da cortina de ferro vão aparecendo... e você não precisa estar perambulando pela East Side Gallery para isso acontecer. Ao dobrar uma esquina ou atravessar uma avenida, você pode deparar-se com um vestígio da guerra fria.
Após a queda do muro, as coisas do lado oriental foram renegadas. Porém, passados vinte anos, o que se vê é um resgate desta cultura... Sejam nos apetrechos soviéticos vendidos pelos ambulantes ou nas lojinhas espalhadas ao longo da Unter den Linden que te oferecem "pedaços" do muro como souvenir. Tem o DDR Museum que retrata toda a cultura oriental. Lá você encontra revistas, carros, programas de TV e até uma réplica de uma típica casa alemã. Trata-se de um museu pequeno, mas imperdível, pois recria todo o cotidiano que ficava do outro lado do muro (sem contar que a lojinha do museu é bem legal...). A região de Prenzlauer Berg tem barzinhos descolados, e se você der sorte, podes até encontrar no cardápio a Roter Oktober, que era a cerveja preferida do exército vermelho (infelizmente eu não tive esta sorte, pois se tivesse cruzado com ela, traria a garrafa para casa com toda certeza, pois o rótulo é muito bacana). Tem a Ampelmann, uma lojinha com utensílios alusivos ao "homem da sinaleira" que se tornou ícone deste resgate à cultura oriental... Enfim, o dia-a-dia mostra uma Berlim unificada de verdade, e que não tenta apagar o seu passado, pelo contrário, tem feito disso, um atrativo turístico, o que é uma ironia, pois se faz do socialismo, capitalismo...
Após a queda do muro, as coisas do lado oriental foram renegadas. Porém, passados vinte anos, o que se vê é um resgate desta cultura... Sejam nos apetrechos soviéticos vendidos pelos ambulantes ou nas lojinhas espalhadas ao longo da Unter den Linden que te oferecem "pedaços" do muro como souvenir. Tem o DDR Museum que retrata toda a cultura oriental. Lá você encontra revistas, carros, programas de TV e até uma réplica de uma típica casa alemã. Trata-se de um museu pequeno, mas imperdível, pois recria todo o cotidiano que ficava do outro lado do muro (sem contar que a lojinha do museu é bem legal...). A região de Prenzlauer Berg tem barzinhos descolados, e se você der sorte, podes até encontrar no cardápio a Roter Oktober, que era a cerveja preferida do exército vermelho (infelizmente eu não tive esta sorte, pois se tivesse cruzado com ela, traria a garrafa para casa com toda certeza, pois o rótulo é muito bacana). Tem a Ampelmann, uma lojinha com utensílios alusivos ao "homem da sinaleira" que se tornou ícone deste resgate à cultura oriental... Enfim, o dia-a-dia mostra uma Berlim unificada de verdade, e que não tenta apagar o seu passado, pelo contrário, tem feito disso, um atrativo turístico, o que é uma ironia, pois se faz do socialismo, capitalismo...
O muro passava por aqui...
Deixe seu chiclé aqui...
East Side Gallery...
...e um pedaço não "tão bem cuidado"...Ironia: Fazendo capitalismo em cima do socialismo...Herança russa...Pelas ruas, praças, metrôs...tem uns que se sentem tão à vontade que vão trabalhar de pantufa...